7 de agosto de 2008

Vou fazer mestrado em economia

Aulas voltaram, mas olha só, eu continuo postando besteiras aleatórias. Por que isso? Estou aproveitando que meus professores estão só chovendo no molhado e eu ainda não entrei em desespero por ter que ler dezenas de livros em alguns pares de semanas.

Só que eu não vou ficar aqui ocupando o tempo de vocês falando de uma coisa tão desagradável quanto o estudo. Não me venham encher o saco os nerds deste Brasil com aquela ladainha que estudar é muito bom porque "Nos engrandece como indivíduos e amplia nossa capacidade de tornar o mundo um lugar mais decente para se viver.". Vão todos tomar no cu, estudar é ruim pra CARALHO. O que não faz do colégio/curso/faculdade/universidade/qualquercoisa um lugar ruim por tabela, afinal de contas é lá onde você conhece os seus MigUxOs e GaTxinHAs que o acompanharão por um longo período de sua vida. Graças a Deus isso é, normalmente, uma coisa boa.

Desta vez eu vim aqui para vos falar sobre um problema real que vem me afetando cada vez mais e está me tornando uma pessoa de um assunto só. E o assunto é dinheiro, mais especificamente: a falta dele. Como já devo ter dito por aqui, sou um completo inútil quando o assunto é produção econômica, na verdade sou um quase completo inútil, já que tenho a possibilidade de ganhar cerca de CINQUENTA PILAS à cada TRÊS MESES, graças ao meu trabalho quase escravo em meu antigo colégio. Claro que aceitei (e encarei) o trabalho não pelo dinheiro, mas como um hobby remunerado, fica menos humilhante quando eu penso que sou pago para ver playboysinhos e dondocas de quinze para dezessete anos tendo tremeliques e crises de distonia por causa do nervosismo avassalador que os abate.

O problema é que a rentabilidade disso tende à zero e é aí que mora meu problema. Sou obrigado à cuidar do meu carro (nada mais justo, eu sei, mas SEMPRE me disseram que o mundo era injusto... Ele tinha que mudar de estratégia logo comigo?) e não falo só da gasolina que eu gasto, mas também divido as parcelas a serem pagadas com minha tia, com quem comprei o carro em sociedade, só que além disso eu infelizmente me vejo obrigado a viver e esta segunda parte vive competindo com o carro pela minha graninha. Como eu não tenho nem coragem, nem muito menos o direito, de pedir um aumento de mesada para meu pai (já que eu sinto estar atingindo o limite da exploração domiciliar) cheguei à conclusão que só me restam duas opções: Arrumar um emprego ou Procastinar o problema até o limite máximo e aceitável para um ser humano com um mínimo de decência. Confesso que atualmente a segunda opção me parece mol vezes mais interessante do que a primeira, mesmo que com isso eu tenha que negar gastos fúteis extremamente divertidos, como cachaças semanais e etc.

Já estou até fazendo minhas contas e planos de contenção de gastos para conseguir sobreviver o máximo de tempo possível sem ter que aumentar minha própria renda. Os cálculos me indicaram pelo menos mais seis meses de inércia econômica. A continha foi bem simples (até por que se fosse muito complexa, eu, como um bom estudante de direito, iria deixar para lá e ouvir algum disco do Pink Floyd ou do The Mamas and The Papas): juntei meu vasto conhecimento econômico que um período na disciplina me deu e peguei TODOS os meus gastos e dividi por dois, só não dividi a parcela do carro por que isso infelizmente não poderia ser reproduzido no mundo real, olhei para o número obtido e, assim como Deus ao criar o mundo, achei muito bom. O negocio é esse, a gente tem que mandar o número ser aquele e pronto, ele terá que obedecer você. O que (milagrosamente) sobrar deste exercício de contorcionismo monetário será depositado no fundo de meu porquinho, para uma emergência futura. Sagaz, huh?

Para mim isso já foi um motivo a mais para sorrir.

Seria isso um sintoma de vagabundagem crônica? Se for, fudeu. Por que meu futuro como mendigo será brilhante.


-Pods crê brou!

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