10 de agosto de 2008

Crionças

Quem nunca inventou uma história à respeito de um coleguinha nos seus áureos tempos de escola? Se você nunca o fez pode considerar-se um fraco, um mole e um zé mané. Eu mesmo me lembro de já ter inventado que um certo amigo meu havia introduzido um tubo de desodorante (daqueles Roll-on) em seu devido orifício anal. Claro que a história nunca aconteceu, mas ela tomou um grau de veracidade impressionante, até ligação telefônica de confirmação a história tinha. Obviamente este é o tipo de coisa que eu não faria hoje em dia, mas eu não exatamente me arrependo, era coisa de crianças oras, sem maldade nenhuma. Nenhuma ? Sei...

Obs: Depois que eu terminei o texto me falaram que essa intro tinha sido copiada do KiD do HBD, mesmo não tendo sido, deixo o link aqui pra quem quiser ler o dito texto. Agora, mesmo eu ainda vos amando, vão tomar no cu.


Nunca se deixe enganar, por trás desta fachada de doçura existe um ditador nazista pronto para aflorar.


Criança é um bicho escroto, minha teoria é a de que crianças são seres perversos cuja sociedade precisa imprimir a maior quantidade de punições possíveis, para lapidar (ou pelo menos amortizar) suas personalidades doentias e cruéis. Crianças ficam amigas umas das outras para foderem com terceiras. Crianças pedem brinquedos para escrotizarem com as outras ("Olha o que meu pai me deu! Pede um pro seu! Ah que pena ele é um pé-rapado e não pode comprar, ?") e, é claro, crianças usam-se de qualquer merda para chantagem emocional. Vai dizer que você nunca teve vontade de arrancar a cabeça daquele moleque que passou o dia te enchendo o saco e no exato momento em que você iria arrancar os intestinos dele o miserável faz beicinho corre pra mãe e choraminga "Manhê, ele quer me bater!". Puta que pariu!

Uma vez minha mãe me disse que não sabia como eu iria ser pai, afinal eu nutro essa repúdia absurda por crianças, mas sabem como é, filho é como peido, a gente só aguenta o nosso. Eu provavelmente vou ser um pai mimador, coruja e babão, mas enquanto isso não acontece, continuarei odiando crianças pequenas e genéricas (afinal sempre existem casos raros e especiais de crianças legais) com a mesma intensidade.

A origem deste desgosto tem diversas fontes, além da constatação natural, feita pela observação do convívio de crianças, somarei isso à uma infância fodida (por motivos que deixarei vocês imaginando por aí, mas adianto logo que eu NÃO fui molestado pelos meus coleguinhas maiores no colégio) e convívio com crianças das mais variadas espécies. Até mesmo me auto-analisando eu chego à conclusão que eu era um escrotinho também. Mesmo as pessoas mais legais do mundo já foram filhas-da-putas consideráveis enquanto crianças. Pare para pensar por alguns segundos só, quantas filhadaputagens você já fez quando era menor? Se o número for menor que três, você não só será canonizado, como também está mentindo para si mesmo.

Acredito que seja por isso que Deus tenha posto no nosso DNA aquela coisa de "proteger as próprias crias" ou o "amor paterno e materno". Para evitar que ao nascerem, os filhos fossem canibalizados pelos próprios pais, num ato de vingança às crianças que estragaram suas próprias vidas. Pelo menos no meu caso, meus filhos irão ter que rezar todos os dias por Deus ter sido tão esperto.

Eu mesmo, devo metade (e olha que isso é MUITA coisa) dos meus traumas escrotos, tiques nervosos e neuras à minha convivência com meus amiguinhos de infância. E acredito que pelo menos noventa por cento dos seres humanos também o façam. Só que não foi só pela minha própria infância que eu cheguei à conclusão de que criança é um bicho safado. Se você observar a convivência de um grupo de crianças durante um dia inteiro você irá perceber que a maioria esmagadora das atitudes por elas feita têm o intuito deliberado de foder com outras cianças, ou com adultos, ou com a propriedade alheia, ou com QUALQUER COISA, se isso direta ou indiretamente. Se não acreditam, façam este exercício de observação. Claro que diante dos pais toda criança é santificável, mas isso é só uma fachada extremamente bem elaborada pelos seus intelectos perversos.

Por essas e outras que eu digo: "Adoro criança. Com fritas e molho madeira."

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