31 de julho de 2008

Do ócio aos Raimundos em três parágrafos

Uma das coisas mais horríveis que podem existir para um blogueiro...

[Pausa para frisarmos a maldita palavra blogueiro que é, assim como blogsfera, uma palavra gay DEMAIS para ser usada em um Blog de procedência duvidosa como este. Por esse motivo farei um esforço para que esta seja a última vez que utilizarei esta palavra por aqui.]

...que lida essencialmente com textos, como eu, é o fato dele ter um tempo livre, saber que aquele possivelmente será o único tempo livre que ele poderá dispor para escrever seu texto do dia e não encontrar uma só idéia sobre o que escrever. Pior que isso, além destes problemas ainda existe o agravante de, no dia anterior você ter utilizado um post enrolação e não poder usar da mesma fórmula hoje.

É assim que eu me encontro agora.

Mas (Professora! O Motta começou OUTRA frase com um "mas"! Dá zero pra ele!!) talvez exista uma solução para isso: Lembrar de alguma coisa do passado ou da infância e falar escrotamente sobre isso. Não é à toa que vocês lêem tantos textos por aí com essa mesma temática, a origem deles é sempre a mesma: "Caralho, não postei nada hoje e não tenho nenhuma idéia, mas se eu não postar nada vão achar que eu sou um (licença poética) blogueiro de merda e eu não posso deixar ninguém pensar isso, o que eu faço? Já sei! Vou escrever um texto sobre o Jáspion e fica tudo numa boa!". É batata, quando você ver um texto desses vocês já podem sacar como foi o parto do dito cujo, mas vamos parar de enrolação.Vamos ao tal texto.

Lembro-me dos meus tempos de quarta-série (ou seria quinta? sei lá) quando o auge das festinhas eram as "discotecas", entre aspas mesmo já que a maioria delas eram somente pequenas salas com um par de caixas de som e luzes enroladas com papel celofane, em que tocavam clássicos inesquecíveis da cultura musical da década de noventa. E é simplesmente impossível esquecer do maior ícone dessas discotecas rudimentares, os Raimundos.

Era uma unanimidade, tinha que tocar pelo menos duas músicas de raimundos em qualquer discoteca que se prezasse e para nós, seres de doze anos extremamente preocupados com a imagem e fama que os outros faziam de nós e que muitas vezes estava associada com a sua última festa de aniversário, isso era mais do que suficiente para que as músicas dos raimundos fossem tocadas umas dezoito mil vezes por festa. Sair da casa de um coleguinha sem ter esfolado a goela berrando alguma coisa como "Chora até o fim, só pra rimar com IM, por que se eu ganhar dindIM cê vai gostar de mIM!" ou um "Complicada e perfeitinhaaaaa..." era prova de que a festa havia sido um completo fracasso e aquele sujeito deveria pular de cabeça na piscina de facas mais próxima.

Claro que isso tudo tornou a fase do final dos anos noventa dos raimundos um símbolo cult da infância de milhares de moleques que raramente faziam a mínima idéia de o quão escrotas eram as letras da banda.

Pois que se foda, por causa disso até hoje eu acho Raimundos do caralho!

E antes que eu me esqueça: Ramones é uma merda! (Só pra não perder o costume de falar mal de uma banda que alguém tentará defender com unhas e dentes)

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Perceberam como esse post foi cheio de coisas coloridinhas e detalhes diferentes? Era essa a procedência duvidosa que eu estava falando lá no começo do texto.

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