19 de maio de 2008

Pulse

Ok, sei que vai soar como uma desculpa escrotíssima para não escrever algo do zero. Mas não é só isso. Como não posto nada de verdade à dois dias resolvi adiantar minha última resenha cinematográfica prevista pra esse mês. Meus próximos posts vão variar mais os temas. Espero que vocês gostem da resenha. Por que se não gostarem... Fodam-se ela demorou muito pra ficar pronta.

Bom, galerinha, como eu havia dito, estava aprontando essa resenha já faz algum tempo, mas é que eu tive que caprichar nesta, afinal Pulse é o PIOR filme que eu já tive o desprazer de assistir em toda a minha vida. É o tipo de filme que faz a expressão "Puta que pariu! Que filme ruim do caralho!" fazer TODO sentido. Nem mesmo o fato da sua atriz (pseudo) principal, Kristen Bell ser extremamente gostosa diminui a ruindade do filme.

Eu não estou exagerando ou querendo parecer engraçado, Pulse é, com toda a certeza com a qual posso contar a PIOR merda que alguém já filmou e pôs em cartaz num cinema. Sério mesmo, eu poderia (e vou) relatar o porquê de Pulse ser tão abismalmente horroroso em TODOS os sentidos que a sétima arte permite exprimir.

Podemos começar com o quesito Roteiro:

A historinha (se é que pode-se chamar os atos narrados em Pulse de História, mas tudo bem...) desta merda começa da seguinte maneira: um sujeito com cara de nerd (mas um nerd descolado) está andando por uma biblioteca (escura) quando tem a nítida sensação de estar sendo perseguido, o que se segue é aquela velha e batida seqüência de "ser perseguido pelo nada numa biblioteca" que já deve ter sido vista em dezenas de filmes (inclusive em "Os caça-fantasmas"!), no final da dita cena o cara é atacado por uma porra preta e disforme (que se eu não estou enganado deu um grito quando "pulou" em cima do cara, claro que talvez só tenha sido alguém do meu lado tendo um espasmo involuntário por causa dos efeitos medonhos, mas relevemos por enquanto.Em seqüência a tal cena corta e somos apresentados para o grupo de personagens principais, uma loura, um negro, uma negra e alguém de quem não me recordo de nenhum traço marcante e, é claro, o personagem principal do filme: um Motorola V3 prata, não, eu não estou de sacanagem, logo que a cena começa é dado um close indiscreto no celular da loura e permanece por lá por mais tempo do que ficou em todos os outros personagens juntos, provando que aquele não era somente um celular, era O celular (de fato o celular se revela uma peça altamente importante no filme, provando que a Motorola fez um PÉSSIMO investimento patrocinando esta bosta). E é pelo V3 prata que sabemos que o boy da primeira cena cometeu suicídio em seu apartamento, o fato aparentemente deixou o grupo triste, apesar da pífia atuação do cast me dar a impressão que o que havia morrido era na verdade o hamster da irmã mais nova de um deles.

O fato é, daí pra frente a coisa começa a descambar de verdade. Não sei ao certo como aconteceu (eu não consegui prestar atenção no filme o tempo inteiro, eu dividi parte do tempo do filme rindo das consecutivas babaquices que se passavam na tela), mas um novo personagem é integrado ao grupo de personagens e logo na primeira cena tem um leve desafeto com a loura, o que, obviamente, significa que eles terão um caso mais pra frente do filme (fato que se revela uma verdade, afinal). Mas o novo personagem acaba comprando o computador do finado nerd e à noite, ao ligar sua mais nova aquisição, se depara com um texto na tela: "Você já viu um fantasma?" seguido de um vídeo estilo voyeur numa webcam de pessoas que já haviam morrido. O detalhe é que o cara, vendo que a tabaca de xola acabara de ser fodida, ao invés de chutar o computador e tacar ele no lixão mais próximo, resolve ficar olhando pra saber de que forma as coisas podiam piorar. E elas pioram.


Se liga na expressividade...


Pra encurtar um pouco a historia e pular para as partes mais legais, eles descobrem que a parada era uma nova categoria de vilão de cinemas (que provavelmente foi abandonada logo após a sua estréia em Pulse): era um "Vírus-FANTASMA-cibernético" e eu não to de putaria, o tal vírus carcomia a VONTADE DE VIVER das pessoas, porém o autor do filme achou a perspectiva de ter seus personágens morrendo de depressão entediante então ele adicionou um detalhe interessante: quando a VONTADE DE VIVER da pessoa chegava à zero a pessoa virava merda no ar, isso mesmo VIRAVA MERDA, não me venham dizer que as pessoas viram cinzas, aquilo era merda e ponto final. Lá pro meio do filme (quando metade dos personágens já havia morrido, sobrando apenas a galega, como se chamam as louras por aqui no nordeste, o cara que foi adicionado na historia depois e a negra) nossos amigos estão reunidos numa espécie de bar, quando os chega uma encomenda de ninguém-sabe-onde cheia de fitas adesivas vermelhas. Abro um espaço para este comentário: dentro do pacote havia também um recado, que, acredito eu, tenha sido escrito pelo próprio roteirista e foi acidentalmente filmado pelo cameraman, No tal recado estava escrito "Isso afasta eles, eu não sei por que." e pronto! Você espera que expliquem o porquê de meras fitas afastarem os fantasmas virais? Esqueça, nem mesmo os próprios idealizadores desta putaria que foi chamada de filme sabem.

Depois do advento das fitas a negra morre de qualquer jeito (virando merda no ar! Issaaa!!) e o número de personagens cai para dois, já que todos sabem que duas cabeças pensam mais do que dezoito o casal descobre como detonar o vírus. Quando eles estão quase terminando de fazê-lo (era algo como, implantar um vírus no vírus. Coisa de quem nunca teve sequer curiosidade sobre assuntos cibernéticos) o tal vírus se revolta, se materializa em milhares de poltergueists e começa a perseguir nossos amigos, que a esta altura já haviam se declarado (todos nós sabemos, não há NADA mais romântico do que fugir de uma ameaça fantasma virótica), que passam a apelar para o MARAVILHOSO PROTAGONISTA, sim o V3 prata está de volta, desta vez contribuindo com seu receptor de sinais, pois como foi descoberto em algum ponto do filme, os tais fantasmas só podem existir aonde há sinais de alguma coisa. Foi ignorado que os sinais de celulares são somente UM dos possíveis canais de comunicação existentes, mas há esta altura você só quer que o filme acabe logo para que você possa tentar o suicídio batendo com a cabeça na pia mais próxima. De qualquer forma, o casal foge da cidade com seu V3 em close procurando por algum lugar sem sinal de celular, se fosse comigo estaria tudo bem, já que no meu banheiro mesmo a minha operadora não consegue mandar sinal pro meu celular, bastava eu correr para lá e os fantasmas de pulse jamais poderiam me transformar em merda.

Quando eles finalmente fogem da coisa o filme literalmente ACABA, dizendo que as pessoas agora não moram nas cidades e que o mundo acabou. Fim. É isso aí. Agora você já pode dizer "sério, agora conta a história do filme de verdade." e eu responderei "infelizmente era isso mesmo.".

Restam-nos analisar banalidades como efeitos visuais (porquíssimos... Devem ter reaproveitado os softwares de efeitos especiais de Superman 1 e algum programa infantil americano) o cast utilizado , contendo atores cuja expressividade e empolgação com o filme eram semelhantes às mobílias que decoravam os cenários, sem contar, é claro, a repugnante direção do filme que deve ter feito com que o diretor desta bosta, o senhor Jim Sonzero, cujo nome decorei para NUNCA mais assistir um filme por ele dirigido, tenha que vender churros na frente dos estúdios Hollywoodianos hoje em dia para sobreviver.

Não há como descrever com precisão a sensação de assistir Pulse. A descrição mais próxima que eu consegui foi: Ser atirado dentro de um tonel de piche fervente enquanto é forçado a engolir um vespeiro, porém eu ainda assim preferia ser atirado ao tal tonel com um vespeiro na boca a assistir Pulse uma segunda vez.

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